Especialistas alertam: cartão é seguro, mas exige cuidados
Utilizar o cartão de crédito no comércio eletrônico ainda é considerado um tabu para um grupo de consumidores. Dados divulgados em recente pesquisa da Cetelem-Ipsos apontam que grande parte dos consumidores ainda prefere o boleto bancário e o depósito como as formas de pagamento pela internet. O crediário e o cartão de crédito são escolhidos principalmente por quem quer fazer o parcelamento.
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Apesar desse receio, o perito em crimes virtuais, Wanderson Castilho, autor do livro Manual do Detetive Virtual, garante que o uso do cartão de crédito é seguro. Mas alerta: seu uso precisa ser acompanhado de alguns cuidados. “Muitas vezes o usuário final não toma as precauções devidas.” Entre essas precauções, lembra Castilho, estão: manter o antivírus atualizado, checar a procedência da empresa (vendo, por exemplo, se ela existe fisicamente) e verificar se a página apresenta o cadeado no seu canto inferior e a sigla “https” na barra de endereço. “Quando o usuário registra suas informações, precisa estar consciente de que tomou essas medidas para evitar aborrecimentos. Se isso for feito, não há problema algum.”
Na opinião do especialista em Direito Digital Victor Haikal o uso consciente da internet é fundamental para a segurança do consumidor. Ele lembra que a popularização do uso da rede abre a possibilidade para ação de pessoas mal-intencionadas. “Muitos usuários ainda não entendem totalmente o mundo virtual, chegam a abrir todos os e-mails que recebem e também deixam seus equipamentos desprotegidos.”
Alternativa
A empresa Pay Pal utilizou essa falta de confiança do consumidor sobre o sistema de segurança dos sites para criar uma rede de proteção. Com aproximadamente 2 milhões de usuários no Brasil (200 milhões no mundo), a empresa cria uma segurança entre o consumidor e o vendedor. Nesse caso, o usuário não precisará repassar dados do cartão para a loja virtual, mas sim uma senha já cadastrada no PayPal, que cuidará desse processo de compra.
Reclamações
Para aumentar a segurança nas compras, alguns sites especializados funcionam como fóruns de discussões e também de reclamações. O site www.reclameaqui.com.br mostra os problemas vividos por outros consumidores.
Como a legislação do comércio virtual obedece a mesma do comércio físico, o consumidor que sentir-se prejudicado pode recorrer ao Procon. Ainda que não exista um volume grande de reclamações com relação ao comércio virtual, os números apontam essa tendência de conscientização. Em 2009 foram apenas nove reclamações, contra 30 do ano passado e 13 só nos três primeiros meses deste ano – número que deve dobrar até o fim do semestre.